segunda-feira, 16 de maio de 2011

A história de um preto velho

Noite na senzala, os escravos amontoam-se pelo chão arranjando-se como podem. Engrácia entra correndo e vai direto até onde Amundê está e o sacode:

 - A sinhazinha está chamando, é urgente!

 - O escravo é conhecido pelas mezinhas e rezas que aplica a todos seus irmãos e o motivo do chamado é justamente esse. 

O filho de Sinhá Tereza está muito doente, é apenas uma criança de cinco anos e arde em febre há dois dias sem que os médicos chamados na corte consigam faze-la baixar. 

Sem ter mais a quem recorrer, no desespero próprio das mães, resolveu seguir o conselho de sua escrava de dentro e chamar o africano. 

Aproveitando a ida de seu marido à cidade, ele jamais concordaria, manda que venha. Sabendo do que se tratava o homem foi preparado, levou algumas ervas e um grande vidro com uma garrafada feita por ele e cujos ingredientes não revelava nem sob tortura. Em poucos minutos adentram o quarto do menino e Amundê percebe que precisa agir com presteza. 

Manda que Engrácia busque água quente para jogar sobe as ervas que trouxe enquanto serve uma boa colherada do remédio ao garoto. Dentro de uma bacia coloca a água pedida e vai colocando as folhagens uma a uma enquanto reza em seu dialeto. 

Ordena que desnudem a criança e carinhosamente a coloca dentro da bacia passando-lhe as ervas no pequeno corpo, nesse instante a porta se abre e surge o Sinhô Aurélio acompanhado do padre da cidade. Tereza grita e corre até o marido desculpando-se. 

O padre dirige-se a ela com ferocidade: - Como entrega seu filho a um feiticeiro? - dirigindo-se ao marido - Diga adeus ao menino, após passar por essa sessão de bruxaria ele morrerá sem dúvida! 

Tereza corre até o filho e o cobre com um cobertor enquanto o marido ordena que o escravo seja levado imediatamente ao tronco onde o capataz aplicará o castigo merecido. 

- Engrácia, acorde todos os negros para que vejam o fim que darei ao assassino de meu filho! 

Todos reunidos no grande terreiro ouvem a ordem dada ao capataz: - Chibata até a morte! 

- E vocês - aponta todos os escravos - saibam que darei o mesmo fim a todos que ousarem chegar perto de minha família novamente. 

As chibatadas são dadas sem piedade, Amundê deixa escapar urros de dor entremeados com rezas o que somente aguça a maldade do capataz. Lágrimas copiosas correm pelas faces de muitos escravos. Após duas horas de intensa agonia o negro entrega sua alma e seu corpo retesa-se no arroubo final, finalmente descansará. 

O silêncio do momento é cortado por um grito vindo da principal janela da casa grande: 

- Aurélio, pelo amor de Deus - é Tereza com o filho nos braços

 - o menino está curado, a febre cedeu e ele está brincando! 

Assim morreu Amundê conhecido em nossos terreiros como o velho Pai Francisco de Luanda. Sua benção, meu pai! Permita que jamais voltemos a ver algo tão perverso em nossa história.


Axé a todos !!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um pouco da vida Cigana

No passado, nós, ciganos éramos conhecidos como os "senhores da estrada". Andávamos de um lugar para outro, atravessando rios e florestas. 
Percorríamos a Índia inteira, chegando ao Oriente Médio, para depois retornar. Atravessávamos reinos inimigos entre si. Para se ter uma idéia, só o Rajastão era dividido em pelo menos cem pequenos reinos. 
Nós dispúnhamos de um salvo-conduto especial para atravessar uma determinada região. É que todo mundo precisava do nosso trabalho. 
De fato, transportávamos mercadorias, servíamos de "correio" para as longas distâncias e éramos também os banqueiros dos grandes senhores - podíamos comprar ouro e trocá-lo por bens de consumo ou dinheiro. 
Muitas vezes, o ouro e os objetos preciosos não eram carregados por nós em nossas longas viagens. Preferíamos enterrar tudo em lugares secretos. 
No momento certo, sabíamos qual caixa-forte abrir para fazer os nossos negócios. 
Nunca fizemos guerra. Como outros clãs, durante uma guerra, podíamos ser recrutados para ajudar um determinado exército, mas nunca para o combate.



Autor: ........................


Se você ainda não nos conhece, estamos localizados na Av. João XXIII, 663 (altos), referencia Av. Manograsso.
Nossas giras são realizadas aos domingos a partir das 16:00, esperamos sua visita


Axé a todos os irmãos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Deus Salve ...


















Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!

Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!

Deus salve a Flecha de Oxossi, que mata o pássaro da maldade e da traição!

Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!

Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade!

Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a falta de amor e respeito ao próximo!

Deus salve as Chuvas de Nanã, que trazem o peso da responsabilidade, afastando os ociosos e oportunistas!

Deus salve o Cajado de Omulu, que expulsa as doenças do egoísmo e da desordem!

Deus salve Nosso Pai Oxalá, salvaguardando nossa Umbanda daqueles que ainda não conhecem o verdadeiro sentido da caridade!

DEUS SALVE A NOSSA UMBANDA! … e não desampare os que ainda se arrastam pelos caminhos da ignorância e da hipocrisia

AXÉ A TODOS IRMÃOS

Tupã Óca do Cacique Aymoré.

As Sete Lágrimas de um Preto Velho

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto-velho chorava. 
De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque contei-as... Foram sete.
Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei. Fala, meu preto-velho, diz ao teu filho por que externas assim uma tão visível dor?
E ele, suavemente respondeu: Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas.
A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
A segunda a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que seus próprios merecimentos negam.
A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a UMBANDA, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.
A quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.
A quinta, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio na UMBANDA, nos teus caboclos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.
A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.
A sétima, filho notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Fiz doação dessa aos Médiuns vaidosos, que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas.

Esquecem que existem tantos irmãos precisando de amparo material e espiritual.
Assim, filho meu, foi para esses todos, que viste cair, uma a uma
AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO-VELHO.



retirado do site: 
http://centroespirita.vilabol.uol.com.br/lagrimas.htm

Se você ainda não nos conhece, estamos localizados na Av. João XXIII, 663 (altos) - Vila Formosa - SP.
Nossas giras são realizadas aos Domingo a partir das 16:00 hs.

Axé a todos irmãos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Respeito

O respeito é o princípio básico para podermos seguir em nossa longa jornada.
Sem o respeito como princípio, não seremos capazes de discernir o certo do errado, e com isso estaremos atrasando nossa evolução.
É através do respeito para com nossos irmãos, que trabalhamos em nós o discernimento e a tolerância em tudo que nos acontece, porque respeitamos os acontecimentos e nos preocupamos apenas em melhorarmos para não cometermos os mesmos erros sempre.
O respeito ao outro deve ser um fator preponderante em nossa vida, e desta forma não estaremos invadindo a individualidade de ninguém, mas desenvolveremos em nós uma capacidade infinita de entender o outro como ele é, e não como gostaríamos que ele fosse, e assim sendo sofreremos muito menos e aprenderemos muito mais, respeitando sempre o tempo de evolução de cada um, e desta forma não colocaremos o julgamento na frente das ações do outro.
Somente através do respeito aos nossos semelhantes, poderemos desenvolver em nós a Caridade e o Amor.


Para quem ainda não nos conhece estamos localizados na Av. João XXIII, 663 (altos). Nossas giras são realizadas aos domingos a partir das 16:00. Estão todos convidados.


Axé a todos.!!!

sexta-feira, 25 de março de 2011

OGUM


OGUM


Ele é o Senhor da guerra, indomável e imbatível defensor da lei e da ordem, defende os fracos e os que estão em demanda.


Foi Ogum quem ensinou aos homens o trabalho com ferro e aço. Seus instrumentos, além da espada são: alavanca, machado, pá, enxada, faca, etc. Com os quais ajudou os homens a dominar à natureza e a transformá-la.

No sincretismo Ogum é associado a São Jorge, 23 de Abril.

Como está sempre ligado ao poder e a força, este Orixá não gosta de ter suas ordens desobedecidas. Quando não é atendido fica irado, perde a razão e castiga àqueles que o desobedeceram, arrependendo-se depois.

A cor de Ogum é o vermelho, sua bebida é a cerveja branca e seu dia da semana é a terça-feira. 

Este Orixá foi casado com Iansã, a Orixá dos ventos, que fugiu com Xangô. 

Também foi casado com Oxum, a Orixá da água doce, que abandonou Ogum para se casar com Oxossi, o Orixá das matas.

Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exu, seu irmão e rei das encruzilhadas e dos cemitérios.

História

Conta uma lenda que ao chegar a uma aldeia Ogum ficou furioso. Ele falava com as pessoas, mas ninguém o respondia. Isto aconteceu sucessivas vezes, e sempre que se dirigia a um morador da aldeia só tinha silêncio. Ele achou que as pessoas da aldeia estavam zombando dele e num ato de fúria usou seu poder e matou a todos que ele pensava estarem o humilhando.
Um dia ao passar por outra aldeia ele contou a um ancião o ocorrido e este lhe disse que na aldeia por onde Ogum passara as pessoas, naquela época do ano, faziam um voto de silêncio por alguns dias.
Ao saber disso ele ficou enfurecido consigo e envergonhado, jurou proteger os mais fracos e todos aqueles que estivessem sofrendo injustiças, discriminações e qualquer tipo de perseguição injusta.

As pessoas de Ogum

São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquiétas, nunca "falam por trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.

SÃO JORGE

Santo guerreiro; Padroeiro da Inglaterra, Portugal, Lituânia e Geórgia

:: Data de comemoração: 23 de Abril 

Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.
Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303.
A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.

Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate. 

Oração de São Jorge

Chagas abertas, sagrado coração todo amor e bondade, o sangue do meu senhor Jesus Cristo no meu corpo se derrame, hoje e sempre. Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge, para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, e nem em pensamento eles possam ter para me fazerem o mal, armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças quebrarão sem meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrarem. 
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder da sua santa e divina graça, a Virgem Maria de Nazaré me cubra com seu sagrado e divino manto, me protegendo em todas as minhas dores e afliçoes e Deus com a sua divina misericordia e grande poder seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos, e o glorioso São Jorge em nome de Deus, em nome de Maria de Nazaré , em nome da Falange do Divino Espirito Santo estenda-me o seu escudo e as suas armas poderosas defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza dos meus inimigos carnais e espirituais , e de todas as suas más influencias, e que debaixo das patas de seu fiel Ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a Vós sem se atreverem a ter um olhar sequer que me possa a prejudicar. Assim seja com o poder de Deus de de Jesus Cristo e da Falange do Divino Espirito Santo, Amém.


Se ainda não nos conhece estamos localizados na Av. João XXIII, 663 (altos)- Vila Fromosa - São Paulo - SP
Aguardamos sua presença.

Obrigado e Axé a todos !!!

terça-feira, 15 de março de 2011

EU SOU UMBANDISTA

Eu sou Umbandista ... Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar, acima de tudo a um trabalho espiritual.
É, saber que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local
espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros,
centros, e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado, é saber, amar para ser amado, é saber
ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de sí para receber um pouco de
Deus dentro de sí.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus, e quem os recebe
os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda,não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda
aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda
como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É,saber que nem sempre estamos preparados ... que é necessário sacrifícios,
tempo e dedicação para o sacerdócio.
Felicidade irmão de Fé,,,

Obrigado a TODOS os UMBANDISTAS !!

Ainda não nos conhece?
Venha nos visitar: AV JOÃO XXIII, 663 (ALTOS) - VILA FORMOSA - SÃO PAULO